quarta-feira, 30 de maio de 2007

ELETROCARDIOGRAMA


ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO

Propriedade: automatismo e ritmicidade, o coração é autônomo e continua a bater em um mesmo ritmo sem qualquer necessidade de um estimulo, ele é rítmico cerca de 70 a 80 bpm (batimentos por minuto), mas o coração como qualquer órgão obedece as necessidades do organismo podendo aumentar ou diminuir essa ritmicidade, regulação extrínseca.

Regulação intrínseca da freqüência cardíaca:
Os nodos mantém a ritcimidade do coração, ou seja, são as células que mantém o coração batendo.
Nodo sinuatrial: principal e tem função de marca passo, de localiza na junção da veia cava com o átrio direito.
Nodo atrioventricular: localiza-se entre o átrio e o ventrículo direito, serve de auxiliar para o outro, pois serve como um segundo marca passo para o caso de o outro falhar.

Canais lentos de Na+:
Este canal nunca se fecha e permite a entrada de sódio para dentro das células e durante o potencial de repouso até que o limiar seja atingido para que o potencial de ação se propague, este tipo de canal funciona vagarosamente, ou seja, devagar e sempre até que o limiar seja atingido.
Estão presentes nos nodos.
Ele é lento e por isso mantém a ritcimidade do coração.
Sua permeabilidade ao sódio é maior que a bomba Na+/K+, então o influxo de sódio sempre será maior que o efluxo.
Cerca de 70 a 80 limiares por minuto.
Quando o nodo sinuatrial estiver funcionando corretamente ele é quem controla o ritmo do nodo atrioventricular.
Se o nodo sinuatrial falhar que assumira o comando é o nodo atrioventricular neste caso o coração batera cerca de 40 a 60 vezes/minuto.

Feixe de beckhanm: conduz o impulso gerado no nodo sinuatrial até as células atriais esquerdas, com isso o impulso chega mais rápido e os dois átrios batem ao mesmo tempo.
Feixe de his: também conhecido como feixe atrioventricular, ele sai do nodo sinuatrial e pelo septo interventricular se ramifica em dois o direito e o esquerdo e continua a se ramificar varias vezes até as fibras de purkinge que conduz o impulso até os ventrículos que contraem ao mesmo tempo.


Regulação extrínseca do coração: através do sistema nervoso autônomo que se divide em simpático e parassimpático, a cada instante o coração recebe estímulos simpáticos e parassimpáticos.

Simpático: quando o impulso simpático chega ao miocárdio ele acelera a despolarização da membrana do nodo sinuatrial o que aumenta a força de contração e a freqüência cardíaca.
- Inervação generalizada causa taquicardia.
- O simpático também causa a vasoconstrição dos vasos, o que aumentara a pressão do sangue por sua vês, com resultante aumento da freqüência cardíaca.

Parassimpático: retarda a despolarização do nodo sinuatrial o que por sua vês diminui a força de contração o que diminui a freqüência cardíaca.
- Inervação generalizada causa braquicardia.O parassimpático também causa a vasodilatação dos vasos, o que diminuirás a pressão do sangue por sua vês, com resultante diminuição da freqüência cardíaca.

ELETROCARDIOGRAMA

O Eletrocardiograma (E.C.G.) é o registro extracelular das variações do potencial elétrico do músculo cardíaco em atividade. As ondas de despolarização e repolarização que se propagam ao longo das fibras cardíacas podem ser consideradas dipolos em movimento como momentos dipolares variáveis. Estes dipolos determinam campos elétricos variáveis que podem ser detectados pela medida da diferença de potencial através de eletrodos colocados na superfície cutânea. Desta forma, os potenciais gerados pelo coração durante o ciclo sístole-diástole (contração/relaxamento) podem ser registrados aplicando-se eletrodos em diferentes posições do corpo. Na prática, existem locais padronizados onde os eletrodos de registro são colocados, de acordo com orientações pré-estabelecidas. Na realidade, o que se mede é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos no campo elétrico gerado pelo dipolo elétrico cardíaco ao longo do ciclo cardíaco. Os pontos de medida são escolhidos e padronizados, originando as várias derivações. Normalmente são colocados 5 eletrodos à superfície corporal: um em cada punho, um em cada tornozelo e um móvel que pode ser colocado na superfície torácica sucessivamente em seis posições diferentes. Por convenção, o eletrodo do punho direito recebe o nome de R (right), o punho esquerdo de L (left) e o do tornozelo esquerdo de F (foot). O eletrodo do tornozelo direito é ligado ao fio terra. Estes eletrodos podem ser ligados entre si de 15 maneiras diferentes. Todavia, somente 12 são utilizadas na prática médica. Cada uma destas ligações é conhecida como uma derivação do eletrocardiograma.

ONDAS
Onda P: Corresponde a despolarização auricular.
Complexo QRS: Corresponde a despolarização ventricular.
Onda T: Corresponde a repolarização ventricular.
Onda T atrial: A repolarização auricular não costuma ser registrada, pois é encoberta pela despolarização ventricular, evento elétrico concomitante e mais potente. Quando registrada, corresponde a Onda T atrial.
Intervalo PR: É o intervalo entre o início da onda p e início do complexo QRS. É um indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos.
Período PP: Ou Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas P. Corresponde a freqüência de despolarização atrial, ou simplesmente freqüência atrial.
Período RR: Ou Intervalo RR, ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. Corresponde a freqüência de despolarização ventricular, ou simplesmente freqüência ventricular.

DERIVAÇÕES BIPOLARES OU CLÁSSICAS (DI, DII e DIII)

Registram a diferença de potencial entre dois membros e foram introduzidas por Einthoven que imaginou o coração no centro de um triangulo eqüilátero cujos vértices estariam representados pelo braço direito (R), braço esquerdo (L), e perna esquerda (F). A figura ao lado mostra esquematicamente os três eletrodos e as derivações bipolares no triangulo de Einthoven. Essa orientação foi baseada na Segunda Lei de Kirchoff que diz que num circuito fechado, a soma das diferenças de potencial é igual a zero. Neste triângulo, Einthoven inverteu a polaridade de DII a fim de obter registro positivo da onda R nas três derivações.
As ligações feitas são:
DI=VL-VR (braço esquerdo - braço direito)
DII=VF-VR (perna esquerda - braço direito)
DIII=VF-VL (perna esquerda - braço esquerdo)

DERIVAÇÕES PRECORDIAIS(V1, V2, V3, V4, V5 e V6)

São obtidas unindo-se o terminal de Wilson (T) onde o eletrodo negativo é colocado. O eletrodo explorador, positivo, é colocado sucessivamente sobre as seis posições da superfície torácica
a) Quarto espaço intercostal, á direita do esterno (V1)
b) Quarto espaço intercostal, à esquerda do esterno (V2)
c) A meio caminho entre os pontos V2 e V4 (V3)
d) Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha clavicular média (V4)
e) Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar anterior (V5)
f) Quinto espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média (V6)


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