Os efeitos fisiológicos do álcool no aparelho cardiovascular foram revistos por KLATSKY e cols. [3]. Esses autores relatam que, em doses moderadas, o álcool tem como efeito um aumento da freqüência e débito cardíacos, concomitante com diminuição da eficiência miocárdica (há evidências de vazamento de eletrólitos e enzimas para o seio coronário); produz ainda ligeiro
aumento da pressão sistólica; vasodilatação periférica e aumento ou diminuição da resistência periférica, dependendo da intensidade da vasoconstrição visceral. Em doses altas, atua como forte depressor do miocárdio e tem efeito tóxico direto sobre o mesmo ("doença cardíaca alcoólica"). A ação do álcool como vasodilatador coronariano é controvertida, mas há casos de crises de angina em que o álcool pode gerar alívio da dor sem modificar as alterações isquêmicas do ECG, sugerindo um efeito depressor sobre o SNC.
EFEITOS SOBRE A COAGULAÇÃO SANGUÍNEA
Além do efeito sobre os componentes gordurosos do plasma, o vinho, via álcool, também parece poder atuar na prevenção da DCI através de interferência nos mecanismos da coagulação sanguínea [17, 18] . Assim, há trabalhos mostrando que o consumo regular e moderado de álcool pode provocar trombocitopenia [6,49,51] e diminuição, dose dependente [34], da agregação plaquetária [6,34,49,51]. Houve maior redução na agregação plaquetária quando houve alta ingestão de gorduras saturadas ou baixa ingestão de ácidos graxos polinsaturados junto com o consumo de vinho.
MANKU e cols. [52] levantam a hipótese de que o consumo de álcool produz um aumento significativo, dose dependente, de prostaglandina E (formada a partir do ácido dihomogamalinolêico) nas plaquetas, o que inibe a agregação plaquetária e dilata as coronárias.
RENAUD & DE LORGERIL [34] atribuem a principal causa do efeito protetor do vinho contra DCI à inibição da agregação plaquetária e argumentam que essa hipótese é compatível com o "paradoxo francês", já que a agregação plaquetária é menor na França do que em outros países [24].
BARNARD & LINTER [38] acreditam que a associação entre os consumos de alho e álcool pode explicar o efeito protetor do álcool, por diminuição da agregação plaquetária, pois vários trabalhos comprovam a ação antiagregadora de plaquetas exercida pelo "ajoene", substância presente no alho.
MANKU e cols. [52] levantam a hipótese de que o consumo de álcool produz um aumento significativo, dose dependente, de prostaglandina E (formada a partir do ácido dihomogamalinolêico) nas plaquetas, o que inibe a agregação plaquetária e dilata as coronárias.
RENAUD & DE LORGERIL [34] atribuem a principal causa do efeito protetor do vinho contra DCI à inibição da agregação plaquetária e argumentam que essa hipótese é compatível com o "paradoxo francês", já que a agregação plaquetária é menor na França do que em outros países [24].
BARNARD & LINTER [38] acreditam que a associação entre os consumos de alho e álcool pode explicar o efeito protetor do álcool, por diminuição da agregação plaquetária, pois vários trabalhos comprovam a ação antiagregadora de plaquetas exercida pelo "ajoene", substância presente no alho.
OUTROS EFEITOS DO CONSUMO MODERADO DE VINHO
Além dos efeitos relatados no aparelho cardiovascular, o consumo moderado de vinho pode atuar benéficamente no organismo através de ações como a melhoria da qualidade de vida dos idosos, a ação relaxante com alteração do humor e alívio do estresse, além do prazer sensorial e do seu alto valor nutritivo [25, 56, 57, 70]. Argumenta-se, aliás, que a menor incidência de DCI em consumidores moderados e habituais de vinho pode estar associada a um estilo de vida mais descontraído [7].
Finalmente é de se notar, conforme menciona PAULA SANTOS [65, 69], que nos países onde o consumo regular de vinho é mais intenso, o alcoolismo geralmente não constitue problema social, exceção feita a algumas regiões industrializadas desses países, onde há maior consumo de destilados.
Além dos efeitos relatados no aparelho cardiovascular, o consumo moderado de vinho pode atuar benéficamente no organismo através de ações como a melhoria da qualidade de vida dos idosos, a ação relaxante com alteração do humor e alívio do estresse, além do prazer sensorial e do seu alto valor nutritivo [25, 56, 57, 70]. Argumenta-se, aliás, que a menor incidência de DCI em consumidores moderados e habituais de vinho pode estar associada a um estilo de vida mais descontraído [7].
Finalmente é de se notar, conforme menciona PAULA SANTOS [65, 69], que nos países onde o consumo regular de vinho é mais intenso, o alcoolismo geralmente não constitue problema social, exceção feita a algumas regiões industrializadas desses países, onde há maior consumo de destilados.
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